Matéria do Jornal de Jundiaí do dia 25 de agosto
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DIVULGAÇÃO
Cantora Shirley esteve na Tribo Sateré Mawé, defendendo sua luta contra infanticídio
Se a música Patawi, que na linguagem indígena significa o suporte da cuia utilizada pelos índios para beber guaraná, tinha lugar garantido no repertório da cantora jundiaiense Shirley Espíndola, cada vez que subia ao palco, a partir de agora deve compor a trilha sonora de uma luta que para ela só está começando.
Shirley acaba de retornar de Brasília, onde conheceu de perto os costumes e tradições da tribo Sateré Mawé, assim como a Organização Não Governamental (ONG) Ativi Voz Pela Vida. A entidade auxilia e presta apoio às comunidades que ainda enfrentam o assassinato de crianças recém-nascidas que apresentam alguma anomalia ou que são frutos de mães solteiras.
"É inconcebível, em pleno século 21, este tipo de prática", declara Shirley. Para a cantora, o contato com a tribo permitirá um melhor direcionamento ao seu trabalho, no sentido de defender as comunidades indígenas contra o infanticídio. A canção Patawi faz parte do CD Caminho das Águas, o segundo álbum de Shirley Espíndola.
Apreciadora da cultura indígena, a cantora adquiriu o direito de regravar a música repassando o recurso a ONG Ativi Voz Pela Vida, que defende o bem estar das crianças indígenas. Shirley conta que sempre foi muito sensível a causa. Uma consciência que ganhou corpo depois que conheceu o trabalho da Atini e assistiu ao documentário Quebrando o Silêncio: Tragédia ou Cultura?, da jornalista Sandra Terena.
"Sandra é um exemplo de quem luta para defender o bem estar de sua tribo", conta. O documentário, resultado do trabalho de pesquisa que durou três anos e envolveu cerca de doze povos indígenas do Alto Xingu e do Amazonas, traz relatos de sobreviventes do infanticídio indígena e de famílias que saíram das aldeias para salvar a vida de seus filhos.
MÁRCIA MAZZEI
Fotos da Ong ATINI
Gustavo e Debora, missionários |
Shirley Espíndola, Zedequias, Élia e Zevaldo (familia de Indios Sataré Mawé) |
Jady Espíndola Caffaro, Shirley Espíndola e Élia |
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