Canto de Shirley Espíndola ecoa pela vida com novo trabalho
Um suporte de cuia em forma de cálice, feito de cipó e usado na cerimônia do guaraná pelos índios Sateré-Mawé. Esta é a definição do Patawi. Nas cabeças dos compositores Carlinhos Veiga e Sérgio Pereira, o utensílio virou canção e na voz da cantora Shirley Espíndola, a música ganhou a primeira faixa do seu segundo CD "Caminho das Águas".
Apreciadora da cultura indígena, a cantora adquiriu o direito de regravar 'Patawi', repassando o recurso a ONG (Organização Não-Governamental) Atini Voz Pela Vida, que defende o bem estar das crianças indígenas. "Sou uma artista independente e tenho a possibilidade de levar meu trabalho para os quatro cantos do mundo. Minha responsabilidade social é levar esta mensagem de proteção aos hábitos, costumes e cultura indígenas", explica.
Esta semana, Shirley está em Brasília, onde vivem os índios da tribo Sateré Mawe. "Quero conhecer de perto a realidade desta comunidade. Aproveitar ainda para levar algumas unidades do meu CD. Espero que eles gostem", declara.
Segundo Shirley, a ONG desenvolve um trabalho que deveria servir de exemplo. "Por mais polêmico que seja este assunto, sempre sairei em defesa dos índios", declara. Além de fazer um alerta para a questão indígena, "Caminhos das Águas" foi lançado em 2007 com a proposta de percorrer diversas vertentes da música nacional.
Desta forma, o álbum traz influências do samba, da bossa nova, do jazz, do fusion, do afro, do pop, e da MPB. Produzido por Roberto Gasperini, a obra se torna plural na escolha das 10 canções.
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